Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983
23/04/1983Sítio Pois é, 23 de abril de 1983
Querido Valentín,
Recebi a sua carta amiga de 14 de abril com as explicações anexas. Muito obrigado pela pronta resposta.
Lamento dizer-lhe que, mesmo depois da sua explicação, continuo não entendendo o seguinte trecho da pág. 209:
«... que servidor, ao fin e ao cabo un escritor de imaxinación, olla como agora mesmo Cornide de Saavedra o ten nas mans, suxeto de lenta e preocupada leitura, sentado a carón d’unha fiestra que deixa ver o porto coruñés cos pesqueiros que aparellan para a costeira do bonito, ou zarpan para o Grande Sole.»
Por favor, mande-me uma tradução do trecho em francês ou em inglês (em espanhol não serve) que me permita perceber a sua estrutura lógica. Se continuar não entendendo, terei que suprimir o trecho todo.
Gostaria de saber se você quer reproduzir na edição brasileira as ilustrações da galega. Seria neste caso bom remeter para a Difel as fotografias originais, porque não sei se as do livro dariam boa reprodução. Em se tratando do público brasileiro, que já viu essas fotografias ou muitas semelhantes, a reprodução me parece dispensável.
Diga-me também se acha necessário, na edição brasileira, um índice de nomes próprios; sua confecção atrasará ainda a publicação.
Não se admire se Aurélio não lhe agradeceu a remessa do Nuevo Índice. Ele está doente e a enfermidade impede-o de escrever.
Vou tentar conseguir a reprodução do seu artigo nalguma revista ou Suplemento Literário. O do Estado de S. Paulo não me é acessível.
Em nome de Nora e no meu agradeça à querida Pilar suas linhas amáveis. Nora manda em anexo algumas das fotos feitas durante a nossa estadia (as duplicadas, com cumprimentos, para D. Isabel).
Saudações afetuosas
Paulo