PROXECTO EPÍSTOLAS

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17 MENCIóNS A João Guimarães Rosa (1908-1967)

Médico, escritor e diplomático brasileño, autor de novelas e relatos breves onde o sertão é o marco da acción.
Epístolas
Mencionado/a [17]
Data Relación Remitente - Destinatario Orixe Destino [ O. ] [ T. ]
Data Relación Remitente - Destinatario Orixe Destino [ O. ] [ T. ]
1974-10-21 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1974
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1974 en 21/10/1974

[Rio de Janeiro] 21.10.74



Prezado Amigo Dr. Valentín Paz-Andrade,


Escrevo-lhe apenas para saber se chegaram às suas mãos

1) a cópia do meu artigo «A fecunda Babel de Guimarães Rosa» e
2) a cópia de «Pequena palavra», que Guimarães Rosa escreveu para prefaciar a minha Antologia do Conto Húngaro

Ambas remetidas por intermédio do Sr. Ignacio Areal Gerpe. Se chegaram, chegaram em tempo para a sua projetada conferência?

Aproveito a oportunidade para reiterar-lhe os protestos da minha sincera estima.


Paulo Rónai

1974-11-08 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1974
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1974 en 08/11/1974

Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1974



Ilustre Amigo Dr. Valentín Paz-Andrade,

Chegaram-me no mesmo dias suas duas amáveis cartas de 21 e de 30 de outubro. Elas me deram muita alegria não só por trazerem boas noticias do Amigo, como também por serem as primeiras cartas em galego que recebi em minha vida.
Li com compreensível satisfação as suas apreciações generosas acerca da Seleta e aguardo com o mais vivo interesse os comentários que me promete acerca de certas interpretações minhas. Suas observações e discordâncias serão de grande proveito, inclusive no preparo de uma eventual segunda edição.
Gostei de saber que recebera as cópias do Prefácio de G.R. á Antologia do Conto Húngaro e do meu artigo sobre os estrangeirismos na obra dele; que o Senhor não se esquecera da minha sugestão de traduzir um dia «A terceira margem do Rio»; e que o seu discurso de posse está-se avolumando, tomando proporções de livro.
Comunique-me as suas dúvidas acerca da cronologia da vida de Guimarães Rosa; tentarei resolvê-las.
Quanto à primeira esposa do escritor, posso informá-lo de que ela vive ainda e reside no Rio, casada em segunda núpcias. Não a conheço. (Quando conheci João Guimarães Rosa em 1945, ele já vivia há anos coma a segunda esposa, D. Aracy.) D. Vilma poderá dar-lhe, sem dúvida, informações sobre a família da mãe.
Desde já agradeço-lhe os livros cuja remessa me anuncia: os seus dois volumes, que permitirão aprofundar o nosso conhecimento, e o de Valle-Inclán, que, depois de suas referências, aguardo com viva curiosidade.
Queira aceitar as lembranças mais cordiais do admirador e amigo


Paulo Rónai

1975-07-11 Mencionado/a
Carta de Frontini a Seoane. 1975
Nova York
Bos Aires
Nova York
A Coruña
Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Frontini a Seoane. 1975 en 11/07/1975

Julio 11 de 1975

Sr. Luis SEOANE
Paseo de Ronda 15
LA CORUÑA
ESPAÑA

Querido Seoane:

Te escribí hace dos meses. No he tenido contestación. Y como eres buen epistológrafo he dudado de que la carta haya llegado a destino a menos de que en vez de estar allí te halles en la otra cara del mundo regodeándote entre frescuras del tiempo y alegrías creadoras. Aquí estamos en medio de un pandemonio político que todo lo trastrueca. Ya no alcanza el viejo dinero y la incertidumbre es una oculta mochila llena de sorpresas. Estamos bastante jodidos, dirigidos por ineptos y sinvergüenzas. Menos mal, al parecer, que la rosca va por dentro resquebrajándose aunque de salir del atolladero, saldrá el país deteriorado. Volviendo a lo que te digo con respecto a tu falta de correspondencia, la tuya no es caso único, porque Manolo [Pilares], Díaz Pardo, Nélida y otros personajes de la farándula madrileña tampoco me han escrito palabra alguna. Escribí también a Valentín para darle un dato que encontré en un libro sobre las Poblaciones de América editado en España del que es autor Nicolás Sánchez Albornoz. El autor se refiere muy menudamente a cosas que los españoles de hoy deberían leer, y al hecho de que fueron al Brasil, principalmente del norte de Portugal y sur de Galicia. Pensé que el dato podría servirle a Valentín para sustentar su teoría acerca de los galleguismos que ha encontrado en las novelas de Guimarães Rosa.
ADEMÁS: me importa muchísimo conocer el nombre y las señas de la empleada que hace la limpieza en tu casa, porque la mía no ha regresado de su provincia y estoy sin quien la sustituya.

Abrazos para los dos.

Frontini

1977-09-14 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977 en 14/09/1977

Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1977



Caro Amigo Valentín Paz-Andrade,

Recebi e agradeço a sua gentilíssima carta de 8 de setembro. Em primeiro lugar quero dar-lhe, e ainda mais a seus eleitores, meus sinceros parabéns pela sua eleição para o Senado. Mais um cargo de grande responsabilidade que o ilustre Amigo aceita e para cujo desempenho lhe desejo saúde e força. Quero esperar, porém, que ele deixe um tempinho para a sua atividade literária, de tão alta significação nacional.
Gostei de saber que o Senhor recebeu a tradução brasileira de Tirano Banderas.
Tomo a liberdade de comunicar-lhe que em outubro e começo de novembro estarei na Europa, onde vou tomar parte num congresso internacional de poesia (na Hungria) e dar conferências nas universidades de Budapest, Bonn, Paris, Rennes e Madrid. Nesta última cidade, falarei sobre tradução aos alunos da Faculdade de Letras no dia 3 de novembro. Gostaria muito de encontrar o Amigo durante a minha permanência na Espanha. Caso haja possibilidade, poderia fazer uma palestra sobre o nosso Guimarães Rosa para um auditório galego. Diga-me o que pensa da idéia. Deverei partir do Rio dia 4 ou 5 de outubro: ficaria satisfeito de receber uma palavra sua antes.
Queira aceitar, com agradecimentos adiantados, os abraços mais cordiais do admirador e amigo



Paulo Rónai

1977-09-28 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977 en 28/09/1977

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1977


Caríssimo Amigo Valentín Paz-Andrade,

Recebi e agradeço a sua gentilíssima carta e respondo imediatamente.
Partirei do Rio pelo voo nº 750 de Varig no dia 7 de outubro às 22 h 30; segundo as informações aqui recebidas deverei chegar a Madri no dia 8 às 12 h 30. De Madri deverei repartir no mesmo dia 8 às 16 h 30 pelo voo 581 da Malev.
O programa da minha viagem modificou-se: terei de passar uma semana a mais em Budapest, e por isso voltarei a Madrid (em vez do dia 2) no dia 9 de novembro e minha conferência será dada no dia 10. Estarei disponível, para uma viagem a Vigo, de 12 a 15 de novembro.
Fiquei animadíssimo pelo seu gentilíssimo convite. Será para mim uma experiência extraordinária conhecer a Galiza levado pela sua mão. Terei um imenso prazer também em ir a Santiago de Compostela tanto pelo interesse da viagem quanto pelo da companhia.
Infelizmente já não me é possível elaborar um panorama da literatura brasileira porque nesta última semana do Rio estarei ocupado em mil afazeres burocráticos e outros relativos à viagem. Mas tentaria na conferência sobre Guimarães Rosa colocá-lo dentro de uma visão de conjunto da literatura brasileira moderna. Está bem?
Caso o querido Amigo prefira, poderia fazer uma palestra sobre «O problema da tradução (o que é traduzir?) ou outra sobre «Balzac nos Trópicos» sobre como foi realizada a edição brasileira da Comédia Humana. São palestras que vou fazer na Sorbonne e na Universidade de Rennes, que já estão prontas. Uma resposta sua poderá ainda encontrar-me aqui; mas peço-lhe o favor de me mandar ao mesmo tempo uma copia para o meu endereço na Hungria: Union des Ecrivains Hongrois, Bajza-utca 18, Budapest VI.
Na minha volta a Madrid poderei ser alcançado aos cuidados do Prof. Valentín García Yebra, Conde de Cartagena 5, 2º A, Madrid 7 (tel. 292-4826).
De acordo com a sua solicitação, aqui vai um Curriculum Vitae.


[Engadido a man:] Aceite meus agradecimentos mais calorosos e um abraço cordial de seu admirador e amigo



Paulo Rónai

1977-12-02 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1977 en 02/12/1977

Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1977



Caríssimo Amigo Valentín Paz-Andrade,


Eis-me afinal de volta ao Rio. De Lisboa, última etapa da minha viagem, mandei-lhe um cartão postal que espero tenha recebido.
Guardo da viagem uma multidão de recordações maravilhosas. Avultam entre elas as de Vigo e, em geral, as de Galícia, que hei de conservar com particular carinho. O Amigo tudo fez para que eu voltasse ao Brasil como um apaixonado da sua terra e conseguiu plenamente o seu intento. A nossa visita à Editora, a nossa ida aos dois promontórios de Vigo, o desembarque do pescado no porto, a visita aos Museus de Vigo e de Pontevedra, o passeio pelas ruas adoráveis de Santiago, pela catedral, pelo Hostal dos Reis Católicos, o almoço no restaurante El Asesino... tudo ficou gravado para sempre na minha memória.
Fiquei especialmente cativado pela gentileza de D. Pilar que, apesar de estar coma obras em casa, encontrou tanto tempo para mim e até assistiu à minha palestra.
Por tudo isso, mando-lhes uma vez mais os meus reiterados e sentidos agradecimentos.
Cheguei aqui bastante cansado e logo topei com o verão mais quente. De mais a mais, encontrei a minha mesa atapetada de correspondência acumulada na minha ausência. Por isso não pude, até agora, ir nenhuma vez à cidade, nem procurar o exemplar de Estas Estórias que me pediu. Ficará para a semana que vem.
Mas copiei o texto da minha conferência que, se bem me lembro, o Dr. Fernández del Riego pediu para publicação. Ei-lo à sua disposição.
Li atentamente o seu discurso de posse que, pelas suas amplas perspectivas, pela novidade de sua tese e pela sua extensa documentação supera de muito a maioria dos trabalhos análogos. Atendendo a seu pedido, fiz algumas observações à margem, retificando alguns pormenores sem maior importância. Vão também anexas à presente.
Afinal, sempre atendendo a seu honroso convite, tentei dizer, numa introdução a ser ante posta ao texto impresso do discurso, a forte impressão que ele me fez. Espero que o julgue aproveitável.
Resta-me apenas, já que o fim do ano se aproxima, desejar ao querido Amigo e à sua gentilíssima Senhora, um Natal muito feliz e um venturoso Ano Novo.

Paulo Rónai



[Endadido a man:]

Cara Amiga D. Pilar,

1978-02-13 Mencionado/a
Carta de Díaz Pardo a Seoane. 1978
Sargadelos
Bos Aires
Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Díaz Pardo a Seoane. 1978 en 13/02/1978

13 de febrero de 1978

Sr. Don Luis Seoane
Buenos Aires

Querido Luis:

El sábado 11 al salir de Sargadelos recogí tu carta del 3. Hace unos días recibiera otra, pocas líneas, refiriéndome brevemente tu llegada griposa. Todos hacemos votos porque tu buena salud se afiance. Tu carta última da la impresión de que estás en buena forma.
Me alegra tu disposición frente al homenaje al Seminario de Estudios Gallegos. La idea está siendo aceptada muy bien y todos ofrecen colaboración. Tomo buena nota de tus sugestiones. No sabía nada de lo que dices de Xohán Pla. Si recuerdas algo más amplíalo. Puedes enviar todas cuantas sugestiones quieras. Hay tiempo. Tenemos dos meses. Aunque yo diga menos para acelerar a los demás.
La idea de restauración del Seminario ha encajado tan bien que el mismo Instituto Padre Sarmiento solicitó de la Asamblea de Parlamentarios la reconversión de lo que fue. Urge pues hacer esto exponiendo bien las cosas y ordenando bien los conceptos para que se haga, lo que hagan con el Seminario, lo hagan bien, porque hoy las cosas tienen que ser mejores que lo que fueron ayer y transportadas a nuestro tiempo que es distinto del tiempo en que el Seminario se creó.
El sábado último Valentín leyó su discurso de ingreso en la Academia sobre Guimarães Rosa y en nombre de Cunqueiro, que está enfermo, leyó la contestación Paco.
De momento esto es todo lo que hay. Contesto esta rápidamente para que sepas que tienes tiempo para hacer sugestión de cuanto quieras y de cuanto puedas, cuanto más mejor, para lo del Seminario.
Aprovecho también para preguntarte una cosa: Dentro de poco va a haber una reunión para lo del Pedrón de Ouro. Me convocarán como hicieron el año pasado para nombrar el de este año. (El año pasado delegué en el Presidente para que hiciese con mi voto lo que quisiese). Creo que debe haber más gente que yo que piense que ya debieras haber sido empedronado. Y aunque esto es un poco, no sé cómo te diría pero tú ya me entiendes, sin embargo creo que habría que aceptarlo por una serie de razones que no tienen que ver desde luego nada con el hecho de aumentarte la gloria. Más bien tu aceptación supondría un acto de humildad. Tengo varias dudas. Creo que el Pedrón lo entregan hacia finales de mayo. A todos nos interesaba que tú pudieses aceptarlo y que pudieses venir. Y la pregunta es: ¿podrías venir? [En nota manuscrita na marxe esquerda:] Esto es simplemente para estar preparado para según vengan las cosas.
Celebro que estás trabajando y exponiendo. Veo que no has perdido el tiempo.
El correo aquí anda muy mal. Hay mucha correspondencia atrasada sobre todo en Madrid. Supongo que ahí no andará mejor.
Nada más por hoy. Abrazos muy fuertes para ti y para Maruja.
¡Ay! Si no fuese por lo mucho que tienes que hacer hasta me atrevería a indicarte que no te olvidases de la monografía de Maside...

[Díaz Pardo]

1978-03-06 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 06/03/1978

Rio de Janeiro, 6 de março de 1978



Caríssimo Amigo,

Ausente do Rio durante dois meses, passei o verão em nossa casinha de Nova Friburgo, para onde me levaram a sua amável carta de 7 de fevereiro. Não lhe respondi logo porque desejava remeter-lhe o recibo da encomenda em que lhe enviara o exemplar de Estas Estórias, e este encontrava-se no Rio. Aqui vai uma cópia xerox para permitir-lhe uma reclamação eventual junto ao correio.
Não me admira, aliás, que em princípio de fevereiro esse livro ainda não lhe tenha chegado as mãos. Pois um pacote de livros que eu mesmo expedi em Madri em 20 de novembro só me chegou aqui em fins de fevereiro, isto é, mais de três meses depois. A «meia greve dos carteiros» deve ter contribuído para isso.
Antes da sua carta de 7 de fevereiro tinha recebido a sua gentilíssima resposta à minha carta de 2 de dezembro, e na qual me agradecia pelo prefácio ao seu discurso de posse. Na verdade, sou eu que lhe devo agradecimentos pela ocasião que me forneceu de pagar a dívida de gratidão de todos os amigos brasileiros de Guimarães Rosa ao seu exegeta galego.
Neste interim, deve ter-se realizado a sua posse na Academia Galega: espero que tenha tido todo o êxito merecido. Gostaria muito de ler, oportunamente, o discurso de recepção de Alvaro Cunqueiro, lido pelo Dr. Fernández del Riego.
Como vão de saúde o Senhor e D. Pilar? O inverno da Galiza foi rigoroso? A nossa canícula aqui foi muito dura; depois de dois meses frescos na montanha ainda não consegui habituar-me de novo ao calor abafado e pegajoso do Rio.
Penso muito nos Senhores e na temporada esplêndida que passei em Vigo. Pareceria um sonho se não tivesse comigo a preciosa documentação impressa que de lá trouxe graças à sua gentileza e à do Dr. Riego (a quem mando as lembranças mais cordiais). Folheando-a procuro conhecer melhor uma terra que me conquistou para sempre.
Queiram aceitar minhas saudações afetuosas.




Paulo Rónai

1978-05-31 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 31/05/1978

Rio de Janeiro, 31 de maio de 1978



Querido Amigo Valentín Paz-Andrade,

Agradeço-lhe ao mesmo tempo a sua carta de 10 de abril de Vigo e o belo cartão de Veneza. Ambos me despertaram fundas saudades por virem de lugares caros a meu coração.
Fiquei satisfeito de saber que recebeu a minha remessa dos livros de Guimarães Rosa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Carlos Drummond de Andrade.
Estou esperando com impaciência o seu livro A Galecidade na obra de Guimarães Rosa. Atendendo a seu pedido, aqui vão os endereços de alguns escritores e críticos merecedores de um exemplar. Mas seria interessante, antes de mais nada, o Amigo remeter um exemplar à Viúva de Guimarães Rosa, D. Aracy (R. Francisco Otaviano, 35, 5º and., Copacabana) e ao nosso comum amigo José Olympio Pereira Filho (R. Marquês de Olinda 12).

Eis a relação pedida:
Rio de Janeiro
Alceu Amoroso Lima, R. Paissandu 200. ap. 701 (Flamengo)
Antônio Houaiss, Av. Epitácio Pessoa 4560, ap. 1302 (Lagoa)
Cyro dos Anjos, R. Domingos Ferreira 242, ap. 302 (Copacabana)
Josué Montello, Av. Atlântica 3018, ap. 902 (Copacabana)
Octavio de Faria, Praia de Botafogo 28, ap. 701 (Botafogo)
Odylo Costa Filho, Av. Rui Barbosa 430, 2º and. (Flamengo)
R. Magalhães Junior, R. Marechal Mascarenhas de Moraes 100, ap. 701 (Cop.)
Gilberto Mendonça Teles, R. Pompeu Loureiero 36, ap. 802 (Copacabana)

São Paulo
Alfredo Bosi 04358, Av. Horácio Lafer 803

Uberaba (MG)
Mário Palmério, Av. Guilherme Ferreira 217

Porto Alegre (RGS)
Guilhermino César, Av. Independência 779, ap. 1501

Respondendo à sua pergunta, informo-o de que ainda não me chegou às mãos o número da revista Grial, que, segundo o Amigo me comunica, tinha publicado a minha palestra.
Para terminar esta carta, vou fazer-lhe mais um pedido.
Lendo aos poucos os volumes da preciosa coleção galega que devo a sua gentileza (no momento estou percorrendo o magnífico Diario de viagem de Castelao), verifico que precisaria de um dicionário galego (unilíngue, ou galego-espanhol ou galego-português). Posso pedir à sua inesgotável gentileza o obséquio de me arranjar um?
Queira aceitar, com meus agradecimentos antecipados, minhas lembranças mais cordiais e apresentar a D. Pilar os meus cumprimentos com um abraço de Nora

[Engadido a man:] Seu fiel amigo

Paulo Rónai

1978-08-13 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 13/08/1978

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1978


Caro Amigo Valentín Paz-Andrade,

Acabo de receber o exemplar de A Galecidade na Obra de Guimarães Rosa, com a sua generosa dedicatória. Embora conhecesse o trabalho, foi uma nova emoção revê-lo em letra de forma. E é para mim motivo de profunda alegria ter o meu nome ligado a esse marco de Guimarães Rosa em terras galegas. Dou-lhe parabéns simultâneos pela posse na Academia e pela publicação do livro.
Li com interesse e satisfação o belo discurso de recepção do Dr. Alvaro Cunqueiro, que me revelou mais alguns aspectos da sua inesgotável atividade.
Guardarei o volume com afeto, como a lembrança mais valiosa da minha passagem pela Galiza.
Imagino que o Amigo quererá divulgar o trabalho no Brasil. Sugiro-lhe que, juntamente com o exemplar dedicado pessoalmente a José Olympio, remeta certo número de exemplares, no mínimo uma dúzia, a Livraria José Olympio, às mãos de Daniel Pereira, que os distribuirá a pesquisadores, estudiosos e bibliotecas. Por outro lado, queira remeter, para meu endereço, exemplares dedicados a nossos amigos comuns, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Carlos Drummond de Andrade, que entregarei com muito prazer.
Continuo pensando muito no Amigo, em D. Pilar e nos dias inesquecíveis passados em sua companhia –especialmente nessas últimas semanas, ao ler o grande romance da Pardo Bazán, Los pazos de Ulloa. Descobri com certa surpresa muitas analogias, entre a Galiza do fim do século XIX e a Hungria da mesma época.
Quando tiver um instante, dê-me notícias. A política tem-lhe deixado tempo para a advocacia? A advocacia para a literatura? e as três para viver, viajar, descansar?
Eu tenho tentado misturar trabalho e descanso, mas, para dizer a verdade, tenho trabalhado mais que descansado. No momento estou acabando o meu dicionário português-francés e, ao mesmo tempo, estou empenhado na compilação de uma Seleta de Aurélio Buarque de Holanda, semelhante à de Guimarães Rosa. Ultimamente dei conferências em cidades do Estado de São Paulo. Enquanto isto, estamos construindo uma biblioteca em anexo a nossa casinha de Nova Friburgo, para onde nos pretendemos retirar definitivamente em 1979 e onde espero poder recebê-lo em sua próxima volta ao Brasil.
Reiterando os meus agradecimentos, subscrevo-me com o carinho de sempre seu cada vez mais admirador e amigo


Paulo Rónai.

1978-08-16 Mencionado/a
Carta de Rodrigues Lapa a Paz Andrade. 1978
Anadia
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Rodrigues Lapa a Paz Andrade. 1978 en 16/08/1978

Anadia, 16/8/78


Meu bom e prezado Amigo

Recebi o rico presente que é o seu livro, A galecidade na obra de Guimarães Rosa, que do coração lhe agradeço. Já o percorri ao de leve; vou lê-lo a fundo, com o maior interesse, e depois lhe direi a minha opinião. Para já, posso adiantar algumas considerações de ordem geral.
O grande escritor mineiro representa efectivamente a velha raiz galego-portuguesa, fundamentalmente implantada em Minas Gerais e ainda vigorosa na fala, nos costumes e no temperamento do homem do sertão (o mineiro é considerado, em defeitos e virtudes, o galego do Brasil). Com essa cultura e esse linguajar construiu Rosa os seus livros. Mas não tenhamos ilusões: não é com essa «estenografia literária» que se faz literatura. Quanto a mim e outros mais, a obra pioneira e revolucionária de um Mário de Andrade (Macunaíma) e de um Guimarães Rosa ficará como um exemplo curioso das audácias e desmesuras a que pode levar a escrita manejada por grandes escritores populistas. Ficará apenas como um documento linguístico, um exercício, por vezes genial, de estilo.
A língua literária não é isso, é justamente o contrário: superação, criteriosa e artística, da língua oral. Este principio, formulado por Bally, o fundador da Estilística moderna, foi aplicado por mim a um seu conterrâneo e meu amigo, o R. Otero Pedrayo, uma espécie de Guimarães Rosa sem genialidade nem sertão. E foi um desastre, como viu. Voltaremos a encontrar-nos e falaremos sobre esta matéria, pois ainda há muito que dizer.
Um abraço cordial e agradecido do seu velho amigo,

Manuel Rodrigues Lapa

1979-07-15 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1979
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1979 en 15/07/1979

Nova Friburgo, 15-7-79


Querido Amigo Valentín Paz-Andrade,

Quando a sua carta de 22 de maio chegou ao Rio, eu estava dando um curso de trinta aulas em Belo Horizonte. Ao voltar, logo fiquei envolvido nos preparativos de minha mudança. Afinal, mudamo-nos para cá no dia 6 deste mês. Na paz destas serras pude enfim ler Cen chaves de sombra e agora posso responder à sua carinhosa carta.
Fiquei tristíssimo ao saber da morte do prefaciador e do ilustrador do seu livro. Lembro-me de ter visto quadros de Luís Seoane na Galicia. Quanto o Lorenzo Varela, o seu «Limiar» e o seu «Homenaxe Cativo» dão uma idéia de seu alto valor. Dou-lhe pêsames sentidos pela morte desses dois amigos fraternos.
O seu livro interessou-me prodigiosamente. Nele há de tudo: lirismo e épica, reminiscências poéticas de autobiografia e historia nacional, balada popular e poesia culta, meditação e balanço. Por meio dele, pode-se reconstruir o que foi a sua existência durante tantos anos trágicos. A mim também aquelas datas dizem muito. Na longínqua Hungria nós também sofríamos com as notícias terríveis que de 1936 em diante nos chegavam da Espanha. Já prevíamos naquele um ensaio do futuro que o nazismo nos preparava; e efetivamente, já em 1940 eu me encontrava num campo de concentração, de onde no ano seguinte partiria para o exílio. Sofríamos com a Espanha e a Galicia, embora quase nada soubéssemos a respeito delas. Agora que as conheço, que lhes entendo a língua e a mensagem, que nelas conto amigos queridos, que basta fechar os olhos para rever-lhes as paisagens –agora é que posso sentir retrospectivamente tudo o horror daquela época.
A sua poesia tem unha vibração particular: mesmo quando alude aos acontecimentos da sua própria vida, sente-se que você fala em nome de uma coletividade; e respira-se em toda ela uma dramaticidade profunda, aguçada pela íntima inspiração folclórica. Dou-lhe parabéns pela sua força, pelo seu dom de comunicação e por ter captado de maneira tão sensível o «genius loci». E felicito-o por não ter abandonado a poesia no meio das vicissitudes de uma vida tão ativa e por servir-se dela para exaltar a memória dos amigos mortos. O seu volume é uma obra de arte e um monumento: para mim completa a imagem que guardara da Galicia no fundo do coração.
No começo desta carta falei-lhe da minha estada em Minas Gerais. Aproveitei um fim de semana para dar um passeio a Cordisburgo, cidade natal do nosso inesquecível Guimarães Rosa. É um lugarejo minúsculo, de ar puro e rara beleza. Pensei em você na casa em que ele nascera e que hoje é museu.
Soube com prazer da excelente repercussão do seu livro sobre A galecidade na obra de G.R. em Cuba sob a pena do escritor Helio Dutra Domínguez. Ele tem razão ao indicar-lhe o acadêmico Antônio Houaiss como pessoa capaz de apreciar o seu ensaio (e, acrescento, a sua poesia também). O endereço de Antônio Houaiss é Avenida Epitácio Pessoa 4560, ap. 1302, Rio de Janeiro, 22471.
Como lhe disse, depois de passar 72 anos em capitais, acabamos de nos mudar a unha casa na serra (onde espero poder acolhe-lo um dia em companhia de D. Pilar). A mudança é grande demais. Por enquanto estamos organizando uma rotina para a nova vida e arrumando a biblioteca (O volume de Adovaldo Fernandes Sampaio deve encontrar-se em algum lugar entre os dez mil volumes ainda empacotados, logo que o encontre. Vou remetê-lo para o seu endereço) Espero poder dedicar o tempo que me resta à leitura e ao estudo.
Na verdade, mudamo-nos antes do que esperávamos. Nora só vai ausentar-se em setembro, mas prefere descer daqui uma vez por semana a permanecer no Rio. Neste momento, aproveitando-se das férias, estão conosco minha filha Laura, que estuda música na Universidade de Nova Yorque e a outra filha Cora, jornalista em Brasília, que trouxe consigo o marido, e os dois filhos. Procuramos aproveitar ao máximo esta rara oportunidade de ter a família reunida.
Drummond acaba de passar uma temporada na Argentina, o que me impedia de entregar-lhe em mão o seu livro de versos: mais deixei-o na casa dele com um bilhete.
Com meus respeitos a D. Pilar, aceite, caro Amigo, um abraço afetuoso de seu fiel


Paulo


PS. Nora manda-lhes saudações cordiais.

1980-01-01 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1980
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1980 en 01/01/1980

Sítio Pois é, 1º de janeiro de 1980


Caros Amigos Valentin Paz Andrade e D. Pilar,

Recebi e agradeço sinceramente seu belo cartão com votos de feliz Natal e Ano Bom. Nora e eu também lhes desejamos um 1981 cheio de saúde, paz e serenidade. Ficaríamos felizes de poder recebê-los neste sítio durante o Ano Novo.
Estou acabando o convite de José Olympio, um livro intitulado Rosiana, espécie de refraneiro-ideário do saudoso amigo João Guimarães Rosa. O Senhor será o primeiro a receber um exemplar.
Saudações carinhosas de



Paulo Rónai

1981-11-19 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1981
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1981 en 19/11/1981

Sítio Pois é, 19 de novembro de 1981


Meu caro Amigo,

Como vão você e D. Pilar?
Recebeu a minha carta de 30 de agosto (na qual agradeci os 2 exemplares da Galecidade e o recorte de seu artigo, e pedi a remessa de Greguerías de Ramón Gómez de la Serna)?
Outro dia caiu em minhas mãos um exemplar de João Guimarães Rosa, de Luiz Otávio Savassi Rocha, livro interessante e bem escrito no qual tive o prazer de encontrar (às págs. 46 e 47) uma apreciação justa de seu estudo. Logo escrevi ao autor, pedindo-lhe um exemplar para você; ele mo mandou com sua dedicatória e eu acabo de encaminhá-lo para o seu endereço em encomenda separada.
De uma carta do autor, cito o seguinte trecho que há de interessá-lo:

«A propósito da ‘galecidade’ na obra de J. Guimarães Rosa, há uns poucos dias atrás em palestra proferida aqui em Belo Horizonte, o Prof. José Carlos Garbuglio, da Universidade de São Paulo, fez menção a um curioso episódio que passo a relatar, supondo não seja do conhecimento do Senhor:

Estando o cineasta Roberto Santos interessado em transpor para o cinema o conto A Hora e Vez de Augusto Matraga, perguntou a Guimarães Rosa qual seria a região geográfica mais adequada para a realização das filmagens, tendo recebido uma resposta evasiva, bem à feição do escritor mineiro: «-Num lugar com muita poeira e muita estrela». Ao se dirigir para o referido lugar, o cineasta teria encontrado dificuldades para entender a fala de seus moradores, insulados secularmente entre as montanhas, afastados da civilização litorânea. Como Roberto Santos estava em companhia de um galego, este veio em seu socorro e, para sua grande surpresa, confessou reconhecer na fala daqueles sertanejos resquícios do linguajar próprio da gente de sua província natal...».

[Engadido a man:] Aqui já é a minha carta que continua.
De resto, não há maiores novidades. Começou o verão, isto é, as chuvas: quer dizer que o nosso jardim está uma maravilha, com flores abrindo às centenas, lagartixas correndo, sapos cantando, beija-flores voando. Gostaria muito de recebê-lo um dia neste cantinho do Paraíso. Nesta esperança é que lhes desejo feliz Natal e Ano Bom,

Com saudações afetuosas


Paulo


Endereço de Luiz Otávio Savassi Rocha:
Rua Maranhão 1305, apt. 104, 30000 Belo Horizonte, MG

1982-03-29 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1982
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1982 en 29/03/1982

Sítio Pois é, 29 de março de 1982


Meu caro Amigo,

Devo-lhe diversos agradecimentos: pelos votos ao casamento de minha filha Laura; por ter dado meu endereço a seu filho; por ter-me remetido, por intermédio dele, as Greguerías e a linda cerâmica de Sargadelos, gentil lembrança de D. Pilar, que guardarei como testemunho da honrosa amizade de ambos.
Lamento sinceramente não ter podido apertar pessoalmente a mão de seu filho e agradecer-lhe a gentileza. Nós praticamente não mais descemos ao Rio, sobretudo não durante o calor, por conselho médico. Quando, pelo telefone, convidei o Dr. Alfonso a visitar-nos neste eremitério, infelizmente não lhe sobrava mais tempo assim o nosso encontro ficou para outra ocasião.
Soube por ele da doença de D. Pilar; espero que ao receber esta carta, ela já esteja totalmente restabelecida.
Leio com prazer as Greguerías; elas realmente não podiam faltar do meu dicionário de citações, no qual trabalho a todo vapor.
Estou ansioso a ler o seu livro sobre o grande Castelao. Ele desperta a curiosidade do leitor desde o titulo.
Da minha parte, esperava poder mandar-lhe, há tempos, a Rosiana, minha seleta de pensamentos e imagens do nosso Guimarães Rosa. Infelizmente a Livraria José Olympio ainda não se refez de crise em que se encontra há vários anos e, por enquanto, ela se restringe à publicação de reedições.
Seu filho deve ter-lhe falado da grave inflação que se observa no Brasil. Ela chegou a 120% por ano (ao passo que os nossos ordenados e aposentadorias foram reajustados apenas em 77%); ela está arruinando aos poucos toda a classe média. Suas consequências se fazem sentir também no mercado dos livros: devido ao grande investimento que exige a publicação de cada livro (o preço de venda de cada volume de Mar de Histórias é agora de 1000 cruzeiros!), os editores só querem publicar best-sellers de venda garantida.
Nossas noticias são estas. Aguardo as suas com carinho, mandando-lhe um forte abraço e meus respeitos a D. Pilar



Paulo

1982-12-00 Mencionado/a
Carta de Delgado Gurriarán a Paz Andrade. 1982
Guadalajara [nac. México]
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Delgado Gurriarán a Paz Andrade. 1982 en 00/12/1982

Guadalaxara, decembro 1982




Benqueridos amigos:

Perto dun novo Nadal e dun novo ano, queremos mandar-vos os nosos desexos de Boandanza e Saúde para esas festas e sempre.
Confirmo a boísima impresión que me produciu Castelao na luz e na sombra. Agora arelo recrearme coa lectura de A galeguidade na obra de Guimarães Rosa, a ver cando cumpro ese desexo.
Que o 1983 vos sexa óptimo: a vos, a Galiza e a España e que Deus vos aforre a crise que arastora temos na Nova España.
Cordiais apertas


Florencio

A miña dona anda por México, capital

1984-11-19 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984 en 19/11/1984

Sítio Pois é, 19 de novembro de 1984


Querido Amigo,

Como vão vocês? Estamos com muitas saudades do casal amigo. Mandem notícias.
Você encontrará anexo à presente um discurso do Prof. Luis Otávio Savassi Rocha, da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, conterrâneo de Guimarães Rosa e eminente estudioso de sua obra. Há nele oportunas referências à Galeguidade na obra de Guimarães Rosa, que devem interessá-lo. O endereço do Prof. Savassi Rocha é Rua Maranhão 1305, apto. 104, Belo Horizonte, 30000.
E, por falar em nosso livro, você gostará de saber que sua tradução me valeu o Prêmio Jabuti desse ano: é uma estátua de bronze oferecida pela Câmara Brasileira do Livro.
Depois de muita demora, acaba de sair o vol. VII de Mar de Histórias, de que já lhe mandei um exemplar.
Mais noticias daqui:
Carlos Drummond de Andrade encerrou suas atividades de cronista. Essa decisão, lamentada por seus leitores e por muitos articulistas, foi anunciada há mais de um mês numa crônica de adeus.
O nosso Aurélio continua doente, afetado que está do mal de Parkinson, que lhe dificulta escrever e até locomover-se.
A situação política do Brasil está muito inquieta por causa das próximas eleições presidenciais. O candidato do governo se vê ameaçado de perder, mas teme-se que o da oposição, se vencer, não venha a ser empossado. Enquanto isto, a inflação chegou a 300% ao ano. Nós outros tentamos viver sossegados no isolamento do nosso sítio, entre flores e bichos, e pensamos muito em você e em D. Pilar. Recebam nossas melhores lembranças e nossos abraços cordiais.



Paulo