| 1971-11-09 |
Remitente |
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Madrid |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Lidia Besouchet, a Luís Seoane en 09/11/1971
Madrid, em 9 de Novembro, 1971
Queridos amigos:
Não sei como agradecer a ideia de Seoane de traduzir e publicar meu artigo em espanhol, idioma mais legível que o português ou o galego... Naturalmente ficou mais bem escrito do que no original.
Já estávamos assustados pensando que vocês haviam passado –talvez por mar– diretamente a Buenos Aires! Temos aqui em casa um velho amigo de São Paulo, Arnaldo Perdroso d´Horta, desenhista e atual diretor do Jornal da Tarde (versão vespertina do Estado) e que gostaríamos muito que vocês conhecessem e vice-versa ao contrário. Falamos tanto de vocês que ele ficará decepcionado se isso não suceder. Em todo caso, se houver desencontro, isto é, se ele tiver partido antes da passagem de vocês por Madrid, ficaremos –eu e Newton– absolutamente zangados se vocês forem para um hotel em vez de virem passar mal aqui no nosso quarto de hóspedes.
Avizem, portanto, quando vieram para irmos buscá-los no aeroporto ou estação com o possante corcel de Newton.
Arnaldo ficou muito interessado pelas porcelanas de Galícia e eu descobri, numa casa perto da praça Espanha, muitas delas e êle poida comprá-las (para levar pa o Brasil. A praça madrileña esta inundada com o artesanato de Toledo e de outras regiões, mas as coisas da Galícia são ainda raras. Descobri esa casa por casualidade numa dessas minhas andanças pelas ruas...
Saudosos abraços e até breve
Lídia
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| 1971-07-14 |
Remitente |
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Madrid |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Lidia Besouchet, a Maruxa Seoane en 14/07/1971
Madrid, em 14 de Julho 1971
Querida Maruxa:
Esta é para mandar um abraço a você e a Seoane, abraço ultra-agradecido por terem-nos proporcionado uma visão mais poética do que podíamos pensar ver em Galícia. Estamos vendo daqui aquêle rio que não sabemos o nome, aquêla ponte fantástica armada entre duas margens estreitas. Aquêle monastério abandonado, aquêla menina que não queria dar queijo nem marmelada; a cidade de Betanzos e o túmulo dos Andrade que apenas entrevimos... Tudo foi perfeito aí. –Fomos naturalmente a Conimbriga, mas cremos que ele não valeu a “zorza” que comemos... Pelo menos é esta a opinião de Newton–. Estamos mandando a correspondência para os Dieste porque afinal não trouxemos o endereço dêles. E por falar em Dieste, peço que você peça a Carmen que me mande o discurso do Dieste que ela me prometeu. Tenho necessidade de lê-lo. –Peço também a você que me reserve uma daquelas xilogravuras do Seoane e que não estavam ainda distribuídas na praça: Gostaria que fosse aquela entre violeta e verde. Creio que êle sabe qual é–. Esperamos vê-los aqui se antes não pudermos voltar ai. Estou cheia de trabalho. Vamos a ver. O melhor é vocês virem até aqui, mesmo sem rios pequenos, pontes misteriosas e conventos abandonados. Nossa galeguinha continua firme cozinhando, o que me dá bastante tranquilidade para escrever.
Com um abraço muito saudoso em você todos; continuo pensando o que diriam Baudi e Varela e Cuadrado se nos vissem juntos.
Sua velha amiga
Lídia
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| 1971-06-22 |
Remitente |
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Madrid |
Nova YorkA Coruña |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Lidia Besouchet, a Luís Seoane en 22/06/1971
Madrid, 22 de junho 1971
Seoane amigo:
Em resposta à sua carta e em vias do nosso projeto de visitar Galícia, reservamos para o dia 1º, o Hotel Conde Luna, em León, aonde passaremos a noite. Não conseguimos porém fazer a reserva para o Hotel Finisterre de Coruña, para o dia 2, pois o telefone não atendem. Supomos, pelo Guide Michelin, que somente estará aberto em julho, motivo pelo qual pedimos que nos reserve ai para o dia 2, um quarto com banheiro. Logo que chegarmos, trataremos de procurar vocês no endereço do Paseo de Ronda.
Já escrevi a Marika agradecendo a lembrança e estou certa de que ela e Varela morreram de inveja de nossa viagem a Galícia tendo a companhia de vocês.
Newton manda abraços e conta com os cicerones –não turísticos– para conhecer a verdadeira Galícia.
Até o dia 2 próximo, com abraços a Maruja.
Lídia
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| 1971-06-09 |
Remitente |
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Madrid |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Lidia Besouchet,de Newton Freitas, a Luís Seoane en 09/06/1971
Madrid, em 9 de junho de 1971
Prezados amigos Luis e Maruja:
Depois de 5 mezes no Brasil, aqui cheguei, vindo por Lisbôa aonde Newton foi me esperar.
Por ele soube da feliz novidade da presença de vocês pela Galícia... Também recebi o anel que Marika me mandou, e desejava agradecer-lhe, mas não tenho o endereço dela, nem o de Varela. Peço que me mandem por favor.
Pensamos eu e Newton passar uns dias pela Galícia em julho, nas ferias, e gostaríamos que nos informasse de um bom lugar em Lugo, La Coruña ou Santiago para posar. Vocês devem saber o que é mais bonito para ver e aonde ficaremos melhor e mais perto de vocês para conversarmos. Pensamos depois descer por Portugal até Madrid, quem sabe mesmo indo até o Algarve.
Espero notícias suas e me desculpe de escrever em português, pois a pezar dos anos em Buenos Aires, continuo a ter dificuldades em me expressar em espanhol.
Newton manda abraços e eu muitos saudades a vocês dois.
Velha amiga
Lídia
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| 1971-06-18 |
Destinatario/a |
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A Coruña |
Madrid |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Luís Seoane, a Lidia Besouchet en 18/06/1971
La Coruña, 18 de junio de 1971
Sra. Lidia B. de Freitas
Madrid
Querida Lidia:
Nos alegramos mucho de su carta y de que ya esté de regreso a Madrid. Estuvimos con Newton y pasamos juntos unas horas recordando amigos comunes de Buenos Aires: Baudizzone, Varela, D´Urbano, Cuadrado, etc. Tenemos ganas de que vengan a Galicia y de que ustedes vean con nosotros algunas villas de pescadores en la Costa de la Muerte y en la del Cantábrico, así como algunos monumentos que están enclavados fuera de las rutas de turismo. Les enseñaremos castillos con fantasmas y leyendas, y monasterios con santos populares que reconoce el Vaticano. Los hoteles en general son buenos, el Méndez Núñez en Lugo, el Hostal de los Reyes Católicos en Santiago, o el Riazor, el Atlántico, el Finisterre, en La Coruña. Si vienen con auto, basta con que tengan hotel en La Coruña. Deben reservarlos con tiempo. Desde aquí se puede viajar muy fácilmente a Santiago y Lugo.
La dirección de Marika y Varela, si no se han cambiado estos días de casa, es: Chacabuco 194, 4º B. De cualquier manera, aunque se hubiesen mudado (pues estaban por hacerlo), se la remiten a la nueva dirección.
Abrazos de Maruja y míos para los dos.
[Seoane]
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| 1978-12-07 |
Remitente |
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Madrid |
Nova YorkBos Aires |
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Transcrición
Transcripción da epistola de Lidia Besouchet, a Luís Seoane, a Maruxa Seoane en 07/12/1978
Madri, em 7 de dezembro 1978
Queridos amigos:
Nessas épocas do ano a gente sempre pensa escrever aos amigos para dizer as banalidades que apenas nos consolam de estar vivos... Estes dias, porm, nos tm completamente paralizados pela morte de Varela. Ainda não conseguimos nos acostumar à idéia de que êle um dia não nos vai entrar pela porta a dentro para tomar um café connosco. Foi realmente um choque muito grande que a morte dêle nos deu, ainda que ultimamente estaramos preocupados pela sua saude que parecia estar se deteriorando.
Sem que em nada nos console da ausencia dêle, escrevi para o Brasil um pequeno artigo do qual lhes mando uma copia e que muito gostaria que aparecesse em algum jornal da Galicia. Nêsse sentido, Newton remeteu tambem uma copia a Diaz Pardo.
Sem ter realmente palavras expressivas para escrever a vocês neste momento, mandamos eu e Newton nossos abraços muito tristes.
Lidia
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